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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Mente vazia, oficina do diabo



Estive conversando com um amigo meu ontem e ele falou uma coisa certa...sou muito cheia de altos e baixos mas às vezes que estou em momentos de baixo-astral é por falta do que fazer...a ociosidade quando nos pega ou nós nos deixamos pegar, nos leva a pensar demais em coisas que podem ser de menos...pequenos problemas podem se tornar um furacão numa mente vazia, desocupada...porém, sei que sou o tipo de pessoa que não costuma externar os sentimentos principalmente quando se tratam de tristeza, preocupação, dor enfim, coisas negativas...isso me prejudica porque percebo que fico muito mais arisca em alguns momentos e as coisas tomam proporções maiores do que as devidas...segurar sentimentos assim acumula uma carga de tamanho tal que quando enche o recipiente acaba numa explosão de sentimentos confusos e, em algumas vezes, desesperadores...às vezes me sinto perdida...ou à deriva...como se não tivesse rumo...outras vezes eu quero meter a cara em alguma coisa sem fazer planos e arriscar a vida pra ver se dá certo...talvez a proteção que tenho de minha mãe me fez acomodar nas situações...preciso sair da caverna...vou caminhar e quando eu estiver fora da caverna, ninguém tente me segurar porque eu irei atropelar...só de ironia e mostrando um pouco do que penso sobre mim mesma, vai um poema da Clarice Linspector...


"O que eu sinto eu não ajo.
O que ajo não penso.
O que penso não sinto.
Do que sei sou ignorante.
Do que sinto não ignoro.
Não me entendo e ajo como se entendesse."

(Clarice Linspector)

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